Você sabia que o teste de combustível nos postos é um direito do consumidor? Por lei, os estabelecimentos são obrigados a fazer o teste de qualidade na hora. Todavia pouca gente tem paciência para solicitar, pois se esquecem que o tempo perdido na oficina pode ser maior depois.
Dessa forma, veja agora como solicitar o teste de combustível e a importância dessa ação. Leia o nosso artigo na íntegra e saiba tudo sobre o assunto.
Teste de combustível nos postos
Nossa equipe realizou uma reportagem para saber mais sobre o teste de combustível nos postos. Dessa maneira, percorremos diferentes postos de combustível no Rio e constatamos que os clientes até sabem da obrigatoriedade do teste, mas poucos solicitam.
“Tenho conhecimento, mas nunca pedi por falta de tempo e também porque vou sempre nos mesmos postos e nunca tive problema”, alega Leonardo Murad.
Conforme nosso entrevistado, o nutricionista Leonardo Murad, de 37 anos, abastecia seu carro no posto Bela Vista, de bandeira branca, no bairro do Maracanã. De acordo com o que conta, o estabelecimento da zona norte registra baixo número de solicitações do teste. Assim, segundo os funcionários, há apenas um teste por mês, em média.
Como funciona o teste de combustível nos postos
Um dos testes consiste em verificar o teor de etanol presente na gasolina. Desse modo, o funcionário do posto, equipado com luvas e óculos de proteção, recolhe combustível na frente do consumidor. Assim, em um recipiente, misturam 50 ml do produto a 50 ml de uma solução com água e sal.
Logo, cada traço da proveta acima dos 50 ml representa 2% de etanol. Dessa forma, é só contar se a porcentagem bate com o máximo de álcool na gasolina (comum ou aditivada) permitido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), que é de 27%. para as gasolinas premium. Deve-se considerar, portanto, o limite é 25%.
Teste do Etanol
Na Praça da Bandeira, o posto Bracarense, de bandeira BR, também registra poucos pedidos de teste. Conforme mais um de nossos entrevistados:
“A cada dez clientes, um pede. Chegamos a oferecer o teste quando algum consumidor questiona a qualidade”, explica o gerente de pista Charles Batista.
A verificação do etanol é “mais simples”. Aquele tubo de ensaio ao lado da bomba (termodensímetro) indica a qualidade do combustível. Se o indicador estiver acima ou abaixo da marcação de nível central do recipiente é indicativo de que o álcool está com água a mais do permitido pela ANP, ou com outra adulteração.
Selo da ANP no teste de combustível
Outra checada é quanto às informações. Nas bombas devem constar o selo da ANP. E em postos de bandeira branca, os nomes das distribuidoras que fornecem o combustível para aquele estabelecimento.
Medidas simples que podem evitar dores de cabeça. Combustível adulterado, além de aumentar o consumo, pode danificar componentes do motor e até o sistema de injeção eletrônica do automóvel. Reparos que podem custar de R$ 600 a R$ 1 mil, dependendo da gravidade.
“O consumidor, diante do dia dia corrido, às vezes perde um pouco da observância do abastecimento. Tem todo um processo de verificação, mas ele acaba sendo induzido somente pela placa na frente do posto”
Esse é um alerta de Carlo Rodrigo Faccio, gerente de Planejamento Estratégico da Plural, associação nacional que reúne as distribuidoras de combustível.
Fonte: Portal IG: O DIA
Créditos: Fernando Miragaya
