Entenda de uma vez qual a diferença entre custo e despesa

Um dos aspectos necessários para o bom planejamento financeiro de uma empresa é entender a diferença entre custo e despesa. Esses dois gastos compreendem itens e processos diferentes, de forma que você só consegue chegar ao planejamento financeiro quando os separa.

O planejamento financeiro de uma empresa é mais importante do que aparenta. Apesar de ser uma tarefa trabalhosa e complexa, é necessária. Sem este planejamento, a empresa pode quebrar por não realizar a análise de viabilidade.

No post de hoje, você vai aprender a separar custos e despesas, entendendo as diferenças entre eles de uma vez por todas.

 

A diferença entre custo e despesa na prática

Sem demora, vamos logo iniciar a comparação e a diferenciação entre custos e despesas:

 

O que é Custo?

O custo diz respeito a tudo o que é utilizado para a produção, ou aquilo que torna possível a existência do produto ou serviço comercializado.

Por exemplo, matéria-prima, mão de obra, embalagens, manutenção de equipamentos, aquisição de novos equipamentos, entre outros.

Tudo o que influencia diretamente na obtenção do item ou serviço comercializado pode ser considerado como custo.

 

O que é Despesa?

Já as despesas compreendem os gastos necessários para que a empresa opere de forma geral. Entram na classificação de despesas os gastos com infraestrutura, contas de água, luz e internet, aluguel do local onde a empresa se encontra, materiais de escritório, alimentação dos funcionários (se houver), entre outros.

A energia elétrica, porém, também pode ser considerada um custo, se ela estiver envolvida no processo de transformação de um produto ou serviço comercializado. Exemplo: pontos de abastecimento de carros elétricos, fabricação de pilhas e baterias.

As despesas são, basicamente, as mesmas que você teria em sua casa, porém, aplicadas à realidade da empresa. Em casa, você não tem custos, apenas despesas.

 

Diferenciando despesas e custos fixos ou variáveis

Além de saber a diferença entre custo e despesa, também é importante entender quais são fixos e quais são variáveis. Isso também entra no cálculo que você precisa fazer para efetuar o planejamento financeiro e não ser pego de surpresa por armadilhas.

 

Custos ou despesas fixas

Os gastos fixos são todos os que não aumentam ou diminuem de acordo com o desempenho da empresa. Ou seja, se você vender mais ou vender menos, esses gastos se mantém os mesmos.

Alguns exemplos são:

  • Salários de funcionários;
  • Aluguel do espaço;
  • Materiais de limpeza e conservação;
  • Conta de internet;
  • Materiais de escritório.

 

 

Custos ou despesas variáveis

São todos os que dependem da produtividade e do resultado da empresa para serem obtidos. Ou seja, os gastos que variam de acordo com o desempenho. Se a empresa vender mais, terá maiores gastos variáveis. Alguns exemplos de gastos variáveis são:

  • Quantidade de matéria prima adquirida;
  • Comissão sobre vendas;
  • Viagens a trabalho;
  • Abastecimento do estoque.

Contas de energia elétrica e água podem ser consideradas despesas variáveis se elas estiverem envolvidas com a produtividade da empresa, ou fixas, se elas se mantiverem as mesmas independentemente das vendas. 

A conta de telefone depende do plano que você assinou. Alguns oferecem pacotes fechados, enquanto outros cobram um adicional por cada ligação, o que faz com que este seja um gasto variável.

Desta forma, nem todos os gastos variáveis estão diretamente ligados à produtividade da empresa, mas sim ao consumo em si.

 

Por que é tão importante entender a diferença entre custo e despesa?

Para entender o quão viável é comercializar um produto ou serviço, primeiro, deve ser feita a análise de margem de contribuição individualmente. Este é um cálculo que envolve saber quanto você gasta para oferecer este produto ou serviço, e quanto você recebe por ele.

A margem de contribuição é o lucro obtido pela comercialização de determinado produto ou serviço. E, como você precisa saber quais os custos desse produto ou serviço, a diferenciação entre custos e despesas é de vital importância.

Se, ao realizar o cálculo, você incluir despesas, o resultado não será preciso. A precisão do cálculo é a única forma de garantir que seu planejamento financeiro ficará correto.

Em outras palavras, a margem de contribuição nos diz se vale a pena ou não comercializar um produto ou serviço. E essa margem só pode ser obtida uma vez que há a separação entre custos e despesas.

Comercializar algo sem realizar a correta apuração de margem de contribuição é um enorme risco e também um erro. A ilusão do sucesso acontece quando você começa a vender bem  ter alto faturamento, mas cai por terra quando você percebe, no fim do mês, que não obteve lucro.

Isso acontece devido a um custo maior do que o faturamento. A única forma de prever essa situação e saber trabalhar de forma a contornar esse problema é realizando o cálculo de margem de contribuição.

 

A influência dos gastos no orçamento

A influência dos custos e despesas no orçamento se dá no planejamento financeiro. Antes de entrar em atividade, o planejamento analisa a viabilidade do negócio, bem como a previsão do orçamento que será necessário para colocar tudo em prática.

Também são analisadas as previsões de faturamento e lucros. Junto a outras análises, como pesquisa de demanda, marketing e mercado de atuação, os custos e despesas ajudam a formar todo o escopo do projeto.

É assim que se faz um planejamento eficiente e uma análise efetiva, baseada na realidade, para então iniciar uma atividade. A comercialização de produtos ou serviços que ocorre após todo esse levantamento está respaldado para ter maior chance de sucesso.

Visto que os objetivos da empresa sempre giram em torno da arrecadação de lucros (exceto para organizações sem fins lucrativos), o perfeito entendimento e domínio sobre os custos e despesas é essencial para a saúde da empresa e do negócio como um todo.

 

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